- LÍNGUA FERINA - Bolsonaro tenta amenizar as baboseiras ditas pelo seu filho, o vereador fluminense Carlos Bolsonaro. Pra ser sincero, o camarada conversa muita 'abobrinha'
Durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, o
presidente Jair Bolsonaro tentou mais uma vez baixar a bola dos ataques
de seu filho intrometido, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), contra o vice-presidente,
Hamilton Mourão.
Perguntado o que achava da sucessão de tweetes
publicados pelo “02” criticando o general, ele se valeu de uma metáfora
curiosa. “Não tem atrito. Estamos dormindo todo dia juntos, dando
beijinho a noite toda. Briga aqui é só para ver quem vai lavar a louça”,
disse rindo aos presentes.
A seu lado, Mourão completou: “Ou para ver
quem vai cortar a grama”.
Durante uma hora, Bolsonaro foi perguntado sete vezes sobre o
assunto. Em todas, negou desavenças. Também deu a palavra a Mourão para
que ele próprio desse seu parecer sobre os ataques públicos que vem
sofrendo do filho do presidente — que já insinuou, inclusive, que o vice
deseja dar um golpe.
“Cada um tem direito de falar o que quiser”,
disse.
Quando o presidente comentava pela quinta o vez o assunto, o
ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto
Heleno, pediu a palavra. Disse que a imprensa tinha “obsessão” em criar
um mal-estar entre núcleos do governo. “Tentar plantar essa discórdia é
batalha perdida. Parem”, disse aos jornalistas.
“Parem com essa coisinha para encher coluna social. Isso apequena o
país”. Também afirmou não haver qualquer desentendimento da chamada “ala
militar” (reforçando que o termo era equivocado por não haver uma “ala
militar” no governo. “Ala que não se reúne não é ala”, disse). “É dar
muito espaço para coisas que não são importantes. O que é importante é
que estamos desfazendo mais do que fazendo nesse momento. Isso dá
trabalho e toma tempo”, falou Augusto Heleno.
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